Polifonías uterinas. Menstruación, cuerpos y territorio
Palabras clave:
Violencia de género, violencia menstrual, derechos reproductivos, feminismo, discriminación sexual, autocuidadoResumen
Menstruar socio-históricamente se ha asociado con eufemismos que le designan una connotación negativa, vergonzosa y silenciosa. El presente trabajo de investigación se acerca a la de la menstruación como eje principal de análisis en la comprensión de algunas de las representaciones sociales construidas en torno a la vivencia del sangrado menstrual, en clave de identificar Violencias de Género (VG) y sus afectaciones en los cuerpos de mujeres jóvenes entre los 20 y 25 años de la ciudad de Medellín. Esta investigación de tipo cualitativo, enmarcada en el paradigma socio crítico, con enfoque etnometodológico y perspectiva feminista decolonial, empleó la revisión bibliográfica, los conversatorios, la foto voz y los mapeos corporales y de útero como marcos de interacción social. Dentro de los hallazgos principales, se identificó que las mujeres de diversas edades y contextos con las que se co-construyó la investigación, referencian la sangre menstrual desde el miedo, la excesiva medicalización, la posibilidad de ser madres y el símbolo de la feminidad. Estas representaciones se constituyen como la génesis de lo que se ha nombrado dentro del artículo como la violencia menstrual. No obstante, encontramos prácticas que denominamos como ‘prácticas decoloniales’ tendientes a buscar la sanación, la reconciliación y el autocuidado.
Palabras clave
Violencia de género, violencia menstrual, derechos reproductivos, feminismo, discriminación sexual, autocuidado.
Uterine polyphonies. Menstruation, bodies and territory
Abstract
Menstruation has historically been associated with euphemisms that designate a negative, shameful and silent connotation. This research work approaches menstruation as the main axis of analysis in the understanding of some of the social representations constructed around the experience of menstrual bleeding, in order to identify Gender Violence (GBV) and its effects on the bodies of young women between 20 and 25 years of age in the city of Medellin. This qualitative research, framed in the socio-critical paradigm, with ethnomethodological approach and decolonial feminist perspective, used literature review, discussions, photo-voice and body and uterus mapping as frameworks for social interaction. Among the main findings, it was identified that women of different ages and contexts with whom the research was co-constructed, refer to menstrual blood from fear, excessive medicalization, the possibility of being mothers and the symbol of femininity. These representations are constituted as the genesis of what has been named within the article as menstrual violence. Nevertheless, we find practices that we call 'decolonial practices' tending to seek healing, reconciliation and self-care.
Key words
Gender violence, menstrual violence, reproductive rights, feminism.
Polifonias uterinas. Menstruação, corpos e território
Resumo
A menstruação tem sido historicamente associada a eufemismos que lhe conferem uma conotação negativa, vergonhosa e silenciosa. O presente trabalho de pesquisa aborda a menstruação como o principal eixo de análise na compreensão de algumas das representações sociais construídas em torno da experiência do sangramento menstrual, a fim de identificar a violência de gênero (VG) e seus efeitos nos corpos de mulheres jovens entre 20 e 25 anos de idade na cidade de Medellín. Esta pesquisa qualitativa, enquadrada no paradigma sociocrítico, com uma abordagem etnometodológica e uma perspectiva feminista decolonial, utilizou a revisão da literatura, discussões, foto-voz e mapeamento do corpo e do útero como estruturas para a interação social. Entre as principais descobertas, identificou-se que mulheres de diferentes idades e contextos, com as quais a pesquisa foi coconstruída, referem-se ao sangue menstrual sob a perspectiva do medo, da medicalização excessiva, da possibilidade de serem mães e do símbolo da feminilidade. Essas representações são constituídas como a gênese do que foi denominado no artigo como violência menstrual. No entanto, encontramos práticas que chamamos de "práticas decoloniais" que buscam a cura, a reconciliação e o autocuidado.
Palavras-chave
Violência baseada em gênero, violência menstrual, direitos reprodutivos, feminismo.
